12 agosto 2013

diários





Esfregar a pele até que não haja pele, esfregar até que este sangue velho verta, até que não haja réstia de nada do que presenciou, este sangue. De dentro para fora, arrancar a podridão que me deixaste, até ao avesso. Arrancar a voz! Gritar tão alto, que o todo o mundo ensurdeça, até que eu ensurdeça. Até que não haja voz. Amputar tudo, até que não haja nada.

Sem comentários:

Enviar um comentário