26 novembro 2011

Manet








































#Dose dupla, aliás. Para que desça, pela garganta, como as melhores bebidas. Para que suba, até o cérebro, como os mais fortes ácidos. Para que nos arraste, até o fundo do poço, como a mais real tristeza. 

Rebecca Funke

24.11.11

1.
"Este amor, esta fúria mansa nos dedos que tocaram teus pulsos, ainda ontem.".



Obsessão: o tempo parou
Falas no sonho

Queres falar, mas não sabes.
Soltas grunhidos
frustrados, lentos demais.
Tédio. Só tédio.
Mais um dia, menos um dia.
Não, não estou a chorar. Mas tenho
feridas nos ombros e os lábios inchados.




Há quanto tempo! Cantámos. Fizémos amor.
As duas! Tua amas-me? Não, não quero mais vinho.
Beijaste-me. Eu lembro-me.
Tu dormias. Nua.

Que sede esta que estrangula os olhos e
me tira a serenidade que plantaste em mim,
ainda ontem.
Não, não quero mais vinho.

"É um corpo nu
enfim
firmemente nu.
Como uma lâmina de guilhotina gritante."


Amo-te sem corpo, nas mãos.

24 novembro 2011

quero estar à hora exacta
mesmo que seja demasiado tarde
jerzy ficowski

1:36 am 

21 novembro 2011

4/4/11

Senta-te comigo,
partilha-me na loucura.
O abismo.
Um ano, dois, três anos.
Uma vida inteira que nos suga
(só mais um passo)
vamos fingir que ainda vivemos.
Só mais um passo.