27 setembro 2011

Sou eu que me chamo nas vozes que oiço,
sou eu quem se ri nos dentes que range,
sou eu quem me corto a mim mesmo o pescoço,
sou eu que sou doido,
sou eu que sou anjo.

Queixa e Imprecações dum Condenado à Morte | Ary dos Santos

24 setembro 2011

Senti, de um momento para o outro, que tudo me era indiferente, que tanto me fazia que o mundo existisse como não.

O Sonho de Um Homem Ridículo | Dostoiévski
Há qualquer coisa em mim que só conseguirá desabrochar quando eu achar o certo chão do meu corpo.

Esse Tal Alguém | Teresa Rita Lopes

21 setembro 2011

Cai. Derrapa. Diz coisas idiotas. Faz coisas idiotas. Veste-se como se ainda olhassem para ela.

19 setembro 2011

Meu Deus! Um minuto inteiro de felicidade! Afinal, não basta isso para encher a vida inteira de um homem?


Noites Brancas | Dostoiévski

15 setembro 2011


A sua dor era tão grande que pondo a mão na sua fronte sentia todo o seu esqueleto.






Mário de Sá-Carneiro

08 setembro 2011

diz que não sabe do medo da morte do amor
diz que tem medo da morte do amor
diz que o amor é morte é medo
diz que a morte é medo é amor
diz que não sabe


Alejandra Pizarnik
Assim tudo o que existe, simplesmente existe. O resto é uma espécie de sono [...]

Fernando Pessoa