20 abril 2013





passa meia hora das cinco da tarde e a minha cabeça ainda não parou desde as dez e meia da manhã. têm sido horas pesadas. uma a uma as memórias voltam.
volta também a dor, volta também a raiva.
voltam e atravessam cada centímetro do meu corpo, como pequenas laminas. se houvesse ainda sangue, estaria o quarto inundado.
estendo-me então nesta cama confidente, que presenciou esta dor desde há três anos. mais uma vez a acolhe em seus braços.
estendo mais uma linha sobre a desgraça, que acudiu a cada baque desta dor. e que mais uma vez a protege da memoria. a que me assalta desde manhã.
já não serão mais horas pesadas.

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