11 julho 2013

diários

Vive-se a vida em transe. E para mim, é a única maneira possível de viver hoje em dia. Deixam-se as lágrimas e o desespero para depois. Vive-se a mil à hora, preenchem-se todos os minutos do dia para que nenhum pensamento vago nos assalte de surpresa. Preenche-se a cabeça, a dor e a solidão, preenche-se também a cama e o serão. Não há tempo para deixar o corpo fraquejar, nem o coração. Vive-se tudo de uma vez, e repare-se que nestes momentos a quantidade torna-se duplamente mais importante que a qualidade. E faz-se esperar o inevitável, com a convicção possível. E vive-se assim (ou sobrevive-se), para que quando o transe passar, esperançosamente, o resto também.

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